Queda de cabelo excessiva ou alopécia? Como superei?

queda de cabelo excessiva

Já passaram 25 anos desde que comecei a perceber que algo não estava bem como o meu cabelo. Era queda de cabelo excessiva ou era outro problema? Era falta de densidade ou o que se passava? Aos 17 anos sensivelmente comecei a notar que o meu cabelo estava a ficar mais ralo. Tinha alguma queda de cabelo sim mas não era uma queda de cabelo excessiva. Até achava que era uma queda normal. Por isso não entendia porque é que estava a ficar com cada vez menos cabelo, ao ponto de começar a ver o couro cabeludo. Isto foi muito duro. Aos 17 anos o que eu queria era viver a vida. Então, 25 anos depois, como é que ultrapassei este problema? Afinal o que é que eu tinha?

Queda de cabelo excessiva ou alopécia?

Esta é provavelmente a questão mais importante quando o assunto é falta de cabelo. Porque queda de cabelo é uma coisa e falta de cabelo (ou alopécia) é outra e tratam-se de formas diferentes. Se tens uma queda de cabelo que não cessa aconselho que leias este artigo que fiz em conjunto com o dermatologista Dr. Rui Oliveira Soares, onde explicamos a diferença entre uma queda de cabelo normal e o deflúvio telógeno crónico. Mas se tens falta de cabelo ou menos densidade, continua a ler.

Só muitos anos mais tarde de começar com uma manifesta falta de cabelo, e depois de ter experimentado literalmente TUDO para a queda de cabelo, é que percebi que o meu problema não era esse! E foi o Dr. Rui que me explicou. Uma coisa é queda, e a queda é perfeitamente normal. Aliás, o que não é normal é não ter queda. Cerca de 10% do nosso cabelo está em fase de queda. Mas a razão pela qual não ficamos carecas é porque há uma reposição normal desses fios de cabelo. Por outro lado, a alopécia androgenética ou calvície (artigo sobre calvície aqui) é uma doença em que existe um afinamento progressivo dos fios de cabelo – chama-se miniaturização dos fios. E isso NÃO É queda de cabelo. É um processo diferente! Na alopécia androgenética os fios começam a ficar tão finos que deixam de ser visíveis a olho nu. Por isso é que começamos a sentir falta de densidade e o couro cabeludo mais descoberto. Mas há tratamento.

Para quem quer saber quais são e em que diferem os diferentes tipos de alopécia, tenho artigo sobre o tema aqui.

queda de cabelo excessiva

Finalmente percebi que o problema não era queda de cabelo excessiva

Para perceber isto demorei anos! Passei por médicos que claramente não tinham a experiência suficiente em cabelo (já falei sobre o tema aqui). A razão pela qual percebi que tinha de mudar de médico é porque simplesmente eu não tinha resultados. Para além disso continuava a fazer champôs anti queda, suplementos e ampolas. Mas, uma alopécia androgenética corresponde ao afinamento dos fios, e os tratamentos para a queda de cabelo (de que já falei aqui) são DIFERENTES do tratamento para a alopécia (já falei sobre o meu tratamento atual para a alopécia aqui). Aliás, pode haver alopécia com uma queda ínfima. Não tem que haver uma queda de cabelo excessiva para haver falta de cabelo. São coisas diferentes.

Posso dizer que quando fiz consulta de cabelo com o Dr. Rui Oliveira Soares no Hospital Cuf Descobertas (atualmente faz a maior parte do tempo de consulta no Centro de Dermatologia de Lisboa) finalmente eu resolvi o meu problema. Comecei a fazer tratamento medicamentoso que é essencial e com muitas provas dadas em termos de eficácia. É também o mais acessível e o mais eficaz. Para quem procura informação sobre terapêuticas complementares da alopécia, como fotomodulação, microagulhamento, mesoterapia, PRP (plasma rico em plaquetas) e stem cells (células pluripotenciais), já falei com todo o pormenor aqui. Mas é muito importante perceber que esses são tratamentos complementares têm uma eficácia reduzida quando comparados com o tratamento medicamentoso e muito mais caros, pelo que não são indicados como tratamento único.

Desafios pelos quais passei com a minha falta de cabelo

Tenho uma longa história de desafios. Primeiro na escola e durante a faculdade várias eram as pessoas que me falavam na minha falta de cabelo. Mas como eu continuava a achar que era queda de cabelo e não conseguia mesmo resolver o problema, sentia-me muito infeliz. Odiava que comentassem o estado do meu cabelo. Depois percebi que a falta de cabelo me limitava. Não queria tirar fotografias, não gostava da minha imagem ao espelho. Não queria ir à praia ou piscina com amigos (com o cabelo molhado ainda se notava mais a falta de cabelo), não me queria ver debaixo de luzes fortes, como nos elevadores, restaurantes e até nalguns cabeleireiros – o meu couro cabeludo ficava ainda mais visível e eu parecia quase não ter cabelo. E era exatamente isso que estava a acontecer. Porque uma alopécia androgenética é, afinal, uma calvície. E sem o tratamento medicamentoso ela evolui. Para quem me perguntou, sim, se pararmos o tratamento a situação volta a ficar pior.

A alopécia condicionou completamente a minha vida. Até no meu casamento. Fiz a prova do penteado e lembro-me de ter as cabeleireiras todas a olhar para mim. O penteado não estava a resultar e eu enervadíssima. Só queria que não se notasse nas fotografias. Por isso, e porque fazer um apanhado estava fora de questão, fui com o cabelo só penteado e esticado, simples, com o risco ao lado, que era a forma como me sentia melhor. Levei uma mantilha de renda na cabeça e uma peça para a prender e deixei-me ficar com ambas. Compunha o visual de noiva (o meu vestido era muito minimalista) e sempre ajudava a disfarçar a falta de cabelo.

Um dos desafios foi também perceber o que fazer ao cabelo durante esses anos todos. Odiava ver-me de cabelo comprido pois parecia um cabelo “de rato”, sem densidade, pontas em transparência, zero volume. Fui cortando o cabelo mais curto e durante vários anos adotei um corte curto pixie que me fez sentir muito mais confiante.

Gravidez e queda de cabelo excessiva

Para quem procura informação sobre este tema, tenho um artigo específico aqui, sobre a queda de cabelo excessiva no pós-parto e o que fazer. Na minha primeira gravidez, aos 30 anos, eu ainda não fazia um tratamento com bons resultados. Tinha ido uns anos antes a um dermatologista que só me tinha receitado minoxidil tópico e com o qual eu não via grandes resultados. Durante a gravidez eu não fiz o minoxidil, mas foi das melhores fases da minha vida no que diz respeito a este tema. O cabelo durante a gravidez praticamente não cai, pelo efeito das alterações hormonais, caindo sim de forma abrupta cerca de 3 a 4 meses após o parto. Foi exatamente isso que me aconteceu.

Eu tinha tantos complexos que só nessa altura falei abertamente com o meu marido sobre o assunto. E o meu marido é médico. A vergonha fez com que nem com ele eu tivesse tido a coragem de abordar este problema mais cedo. Mas o meu marido é reumatologista e na sua consulta vê inúmeros casos de doenças que também afetam o cabelo (artigo sobre o assunto aqui). Por isso, depois de me abrir com ele eu senti uma enorme paz, porque me referiu: “Mas, Joana, tu tens um especialista em cabelo, o Rui Oliveira Soares, vai falar com ele!”. E assim fiz, no pós-parto do meu primeiro filho.

queda de cabelo excessiva

Achar que o tratamento para a alopécia é o mesmo para a vida toda ou que há só um

Foi um problema pelo qual passei. De facto, após a consulta com o Dr. Rui, comecei a ver IMENSOS resultados no meu cabelo! Com a finasterida (mantive o minoxidil tópico que já fazia há uns anos) ao fim de 4 meses eu tinha quase o dobro do cabelo, ou mais. Fiquei tão feliz que subitamente o assunto cabelo parecia que já nem era um “tema” para mim! Mas achei que o tratamento era só esse e ponto final. Que não havia mais alternativas. Depois passei por fases menos boas. Em que a doença parecia novamente pronunciar-se mais e eu não entendia porquê. Se estava a fazer tratamento e até já tinha tido tão bons resultados, porque é que então estava a passar por essas fases menos boas? Fiz vários erros na gestão deste tema, tal como relatei aqui.

Depois disto, voltei novamente ao Dr. Rui, envergonhada com aquele percurso. Ajustámos o tratamento, e foi aí que eu percebi que tratamentos para a alopécia androgenética há vários. Não só há vários medicamentos, como há várias combinações de medicamentos. Tudo ajustado pessoa a pessoa. Atualmente ajusto o tratamento uma vez por ano, no mínimo. Se passo por uma fase menos boa volto à consulta. E não podemos esquecer também que a medicina não é estática! Há sempre novas opções. Uma das últimas que introduzi foi o minoxidil oral, cuja dosagem já ajustámos várias vezes (mando manipular na Farmácia Aguiar).

Segunda gravidez e alopécia

Não me passou pela cabeça não ter um segundo filho por causa do cabelo. Mas recebo relatos desses. Eu sabia que ia passar por uma fase difícil no pós-parto, mas estava fora de questão não dar um irmão / irmã ao meu filho Duarte. Por isso planeei tudo em consulta. Na altura, há mais de 9 anos, disse-me para parar a finasterida um tempo antes de tentar engravidar (é muito importante explicar que na altura parei 6 meses, mas os timings agora são diferentes – a medicina também evolui neste aspeto, com novos dados sobre a utilização dos medicamentos). Mantive o minoxidil tópico até engravidar e depois larguei tudo durante toda a gravidez e período de amamentação. No pós-parto o meu cabelo caiu muito e ficou muito mais debilitado. Na altura usava o cabelo mais comprido e dei um bom corte, para não ter umas “pontas caídas” e sem graça. Falei com o Dr. Rui que me explicou que se começasse logo com o minoxidil ainda iria acentuar mais o problema, por isso esperei até ele me dizer quando é que podia iniciar todos os tratamentos. O cabelo recuperou completamente, temos ajustado sempre todos os anos e estou bastante feliz com os resultados!

queda de cabelo excessiva

Perguntas e respostas sobre o tratamento medicamentoso

Decidi explorar este parágrafo em forma de perguntas e respostas, uma vez que recebo centenas de perguntas sobre este assunto:

  • Se pararmos o tratamento medicamentoso a alopécia regride? Sim. O tratamento tem de ser feito todos os dias com consistência. Não adianta fazer um mês, parar outro, esquecer metade do tratamento, etc.
  • O tratamento é para toda a vida? Sim. A alopécia androgenética é uma doença que se não for tratada continua a evoluir. Tal como já referi é uma calvície. Embora o padrão de calvície numa mulher seja diferente da de um homem, a realidade é que temos de ter consciência que se pararmos a situação irá piorar.
  • Os medicamentos não são perigosos? Alguns deles dizem que são para a próstata? O médico avalia a história clínica e o estado da alopécia para saber que terapêutica instituir. Quanto ao facto de alguns dos medicamentos estarem indicados na hiperplasia benigna da próstata (e outros até para a tensão arterial) também é preciso compreender que há centenas ou milhares de medicamentos cuja utilização é off label. Isso é muito comum na prática clínica médica. E é feita pela segurança, eficácia e pelos milhares / milhões de casos já tratados.
  • O tratamento é muito caro? Praticamente faço só medicamentos genéricos de todos os que estou a tomar, para além do minoxidil tópico. Devo investir em média talvez uns 30/40€ por mês. Mas se pensarmos na qualidade de vida que isso me traz, na tranquilidade, no facto de me olhar ao espelho e não ver uma cabeça sem cabelo… isso não tem preço. Muito honestamente acho que até é bastante acessível tendo em conta os resultados. Sentir-me confortável com a minha imagem não tem preço.
  • Efeitos secundários do tratamento? Cada caso é um caso, e é muito frequente não haver quaisquer efeitos secundários. Em mais de 10 anos de tratamento, o único efeito secundário que senti foi um ligeiro aumento de pelos faciais, numa zona onde até já tinha pelos (nas patilhas), mas fiz depilação a laser e estou muito satisfeita (atenção: pelos claros ou penugem, aconselho a leitura do artigo que menciono de seguida). Já falei sobre depilação a laser e eletrólise (para o rosto) aqui.
  • Voltamos a ter a mesma densidade capilar que tínhamos? Temos enormes melhorias sim! E quanto mais cedo fizermos consulta de cabelo melhor, para não atrasar o diagnóstico. Para além disso é MUITO importante fazer ajustes no mínimo anuais. Não devemos deixar arrastar esta situação anos a fio sem tratamento.
  • Faz sentido comparar os nossos resultados com os resultados de outra pessoa? Não. A resposta ao tratamento é individual. Por isso quando sentimos que o tratamento poderia estar a surtir mais resultados devemos falar com o médico, para ajustar / trocar a terapêutica.
  • Há mezinhas caseiras ou tratamentos “naturais” que funcionam como os medicamentos na alopécia? Não. É importante explicar que as experiências individuais não têm qualquer validade científica. Uma pessoa pode ter sentido melhorias ao aplicar uma mezinha qualquer, mas isso coincidir com a cessação de uma queda de cabelo por exemplo ou um período de menor stress (que também influencia a queda, tal como já mostrei aqui), e notar-se uma “melhoria no estado geral do cabelo” – mas isto não faz sentido no tratamento de uma alopécia.

Deixo ainda a referência a este artigo onde se responde às perguntas mais frequentes sobre tratamento medicamentoso e alopécia androgenética.

Antes e depois do tratamento medicamentoso

Podes ver os resultados de antes e depois do tratamento medicamentoso enviado por seguidoras minhas depois de conhecerem o projeto Beautyst, aqui, aqui e aqui.

Transplante capilar?

É muito importante explicar que um transplante capilar NÃO É um tratamento para a falta de cabelo. Ou seja, é apenas uma situação de recurso, para povoar de cabelo zonas com menos densidade. O tratamento medicamentoso tem de ser feito na mesma, caso contrário a alopécia / calvície continua a evoluir. Já falei sobre transplante capilar aqui e também aqui e aqui falei sobre o micro transplante capilar que fiz e sobre o qual ainda não consigo dar feedback, pois não passou ainda o tempo suficiente (o cabelo transplantado cai e só volta a nascer passados 3 a 4 meses – estou a chegar a esse ponto neste momento). Também recebo muitos relatos sobre abordagens pouco sérias de clínicas de transplante. O discurso é incentivarem as pessoas a não fazer tratamento medicamentoso (se o fizessem provavelmente nem considerariam o transplante – isto é péssima prática clínica). Tentam vender o transplante com promoções, “descontos do dia ou na hora” para a pessoa se comprometer desde logo – a medicina não é isto. Este tipo de abordagem deve ser um alerta.

Ainda sobre más práticas, também é importante explicar que há charlatães nesta área, até bastante conhecidos, que prometem o impossível, mandam fazer exames caríssimos ao cabelo (sem qualquer fundamento científico ou que suporte). Na dúvida, é importante saber que devemos fazer consulta de dermatologia, com um médico que faça regularmente consulta de cabelo. Para saber se determinada pessoa é médica, basta inserir o nome no site da Ordem dos Médicos, mais especificamente nesta página, e conferir o resultado. A área do cabelo é muito apetecível para negociatas e é fácil haver quem se aproveite do desespero de alguém que está a ficar sem cabelo. Até eu equacionei fazer uma suposta “consulta” com uma pessoa dessas. Ainda bem que nunca fiz.

Dermatologistas que fazem consulta de cabelo

Em Lisboa: Dr. Rui Oliveira Soares, Dra. Marisa André; no Porto: Dra. Filipa Ventura, Dra. Filipa Osório; em Aveiro: Dr. David Serra; na Madeira: Dra. Rubina Alves.

Cabeleireiros que recomendo

Gosto muito da Paula que conheci ainda na Maria Lourenço Cabeleireiros. A Paula é muito experiente, já fez várias edições da Moda Lisboa, e também tem uma alopécia, por isso sabe bem como cortar os nossos cabelos. Infelizmente vai deixar de trabalhar em Lisboa. Também recomendo a Maria Lourenço Cabeleireiros (costumo ir ao salão da Av. Roma), nomeadamente o trabalho da Ana Rita com quem costumo cortar também (e lá faz-se a melhor lavagem de cabelo do mundo, pelas mãos da Elsa, que faz as lavagens e aplica tratamentos). Last, but not the least, recomendo o trabalho do Eddy no Unique Hair & Body Clinic. Foi lá que fiz o meu botox capilar e o meu alisamento. O Eddy compreende muito bem o estado dos cabelos e é um excelente profissional.

E pintar o cabelo?

Uma pergunta muito frequente é se um cabelo com alopécia pode ser pintado. Pode sim, as tintas capilares atuam apenas nas hastes capilares. Sobre o tema tintas e cabelo, tenho um artigo completo com a opinião de 3 dermatologistas aqui.

Feliz com os meus resultados?

Muito, sim! Há 20 anos eu tinha menos de metade do cabelo. Era impossível disfarçar em fotos (por isso nem as tirava, só tirava as essenciais, e tentava cortar a cabeça para não se ver o couro cabeludo). O meu cabelo não tinha um aspeto normal. Como demorei muitos anos a ter um diagnóstico correto e a fazer um tratamento que resultasse, na zona frontal da cabeça é onde tenho menos cabelo (daí ter feito o microtransplante), mas globalmente a maior parte das pessoas nem diz que eu tenho alopécia. E isso é um sonho. Não tenho uma farta cabeleira, mas gosto do meu cabelo e sinto-me bem com ele. Hoje em dia procuram-me para dar conselhos sobre produtos e formas de cuidar do cabelo, e esse é o maior elogio.

Truques que uso no meu cabelo

Estes são truques simples para o meu cabelo se manter com bom ar, apesar da alopécia:

  • Uso risco ao lado (o risco ao meio acentua mais)
  • Faço um corte de pontas retas (fazer cortes escadeados não resulta, a não ser que seja encaracolado)
  • Lavo o cabelo diariamente (a oleosidade é prejudicial para o cabelo e lavagens diárias são recomendadas se o cabelo é oleoso ou faz acumulação de produtos como o minoxidil) e escolho champôs dermatológicos (podes ver champôs recomendados pelo dermatologista aqui – também já falei sobre um champô que adoro usar pois regulariza a descamação causada pelo minoxidil, aqui) Mais recentemente tenho usado champôs sem sulfatos e expliquei o porquê aqui
  • Faço o cronograma capilar para ter os comprimentos mais hidratados e bonitos – já falei sobre o assunto aqui
  • Tenho várias dicas que coloco em prática para não ter frizz, que é um assunto que os cabelos com alopécia sabem bem o que é! Podes ver várias técnicas anti frizz neste artigo e também neste
  • Quanto à queda de cabelo, nunca tenho uma queda de cabelo excessiva pois sigo algumas estratégias – já falei sobre elas neste artigo. É importante esclarecer, no entanto, que a queda sazonal pode deixar um cabelo com alopécia com um ar menos denso (pois se juntam as duas situações). Mantenho todo o ano o tratamento para a alopécia, e faço suplementos vitamínicos também para dar um extra de força e brilho. Se existir uma queda de cabelo excessiva deve ser feita uma consulta de cabelo com o dermatologista

 

Estes foram todos os desafios que passei na gestão da minha falta de cabelo. Como mostrei, uma queda de cabelo excessiva não é uma alopécia. Hoje em dia este assunto não me incomoda. Já sou feliz com a minha imagem, e para isso foi determinante o acompanhamento médico certo e a persistência no tratamento (não falho!). E tu, como lidas com esta questão?

Fotografia: Márcia Soares

Disclaimer: o meu tratamento para a alopécia foi-me prescrito após serem avaliadas as minhas características individuais. Não deve ser feito tratamento para a alopécia sem falares com um médico. Os medicamentos devem ser tomados sob vigilância médica. A automedicação pode ser nefasta para a tua saúde. 

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26 comentários

  1. Sofia diz:

    Olá Joana!

    Muito obrigada por nos contar a sua historia, conseguimos perceber que não estamos sozinhas nesta luta.

    Também fui diagnosticada com Alopécia Androgenética há vários anos, comecei a perceber a falta de cabelo também muito cedo, perto dos 20 anos (hoje estou com 36) e faço tratamento medicamentoso há vários anos com o Dr. Pedro Ponte.
    Estou neste momento a atravessar uma fase menos boa, deixei o meu tratamento há 4 meses para tentar engravidar pela primeira vez e está realmente a ser difícil ver a perda de cabelo dia após dia.

    Parabéns pelo seu trabalho e pelos seus resultados!

    Um beijinho

    1. Joana Alvares diz:

      Muito obrigada pela tua partilha, Sofia. Sim, nesta fase vai ser mais difícil, mas depois verás que recuperas o teu cabelo. E não há milagre maior no mundo que ser mãe. Um grande beijinho!

  2. Danusa Dollay Vieira diz:

    Joana, como você me traz alivio. Sou do Brasil e te sigo há poucos meses. Tenho 38 anos e há anos trato a alopecia andorgenetica, mas antes os medicos tratavam apenas como queda de cabelo, cabelo fino. Comecei mesmo a tratar como alopecia há 2 anos. Mas meu resultado está muito lento. Choro todos dias e estou coml você não quero tirar fotos nem sair de casa. Espero um dia poder te conhecer obrigada por contar sua historia

    1. Joana Alvares diz:

      Muito obrigada pela tua partilha. Aconselho que sigas no Instagram a @belcasaltanabais, ela está no Brasil e poderá ajudar a encontrar um dermatologista especialista em cabelo. Não desistas. É importante chegar ao médico certo e fazer ajustes no mínimo anuais para melhorar os resultados. Um beijinho grande!

  3. Obrigada pela partilha! Também tenho alopecia androgenética e afeta imenso a auto-estima. Identifiquei-me muito com os comportamento descritos, como o não querer tirar fotos ou reduzir ao mínimo as idas ao cabeleireiro. Estava um pouco resignada com a minha situação mas depois deste artigo ganhei coragem para tratar a minha alopecia.

    1. Joana Alvares diz:

      Que bom Cristina! Fico mesmo muito feliz! Um beijinho, Joana

  4. Liliana Silva diz:

    Boa tarde Joana!

    Muito obrigada pela partilha da sua experiência!
    Fui diagnosticada com AAG á 2 meses mas gostaria de uma segunda opinião. Não encontro nenhum médico Tricologista em Braga. Sabe se existe cá algum que possa recomendar -me?
    Muito obrigada!

    1. Joana Alvares diz:

      Não consigo indicar em Braga, mas no Porto tens a Dra. Filipa Ventura ou a Dra. Rita Guedes. Um beijinho!

  5. Diana diz:

    Boa noite
    Desde já adorei a sua página 🙂 e ainda bem que existe pessoas que dão o seu testemunho e isso dá uma leveza a tantas outras mulheres ,como eu…
    Agora sim ,sei que o meu problema com toda a certeza é o mesmo q o seu,cada detalhe do cabelo, cada reparo das pessoas na nossa cabeça,as luzes não gostar de mergulhar porque notava se a cabeça toda,l é tudo o q sinto….
    Mas também há uns 10 anos atrás fui ao dermatologista e fiz e sempre faço todos os anos,tal como tu, faço cystiphane, shampoo era um ecophane e outro para a seborreia e solução cutânea é tricovivax,muito bom….
    A questão q tenho pra te colocar é sobre as vitaminas,entre o cystiphane e o teu best seller phyto?
    Qual o melhor entre estes dois?
    Obrigada

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Diana! Viva! Se estás a ser acompanhada pelo dermatologista deves colocar-lhe esta questão. Aliás, se existe alopécia androgenética deves fazer consultas regulares (no mínimo 1 x por ano) para ajustar a terapêutica (pode ser necessário para observares mais resultados). Não é possível referir qual o melhor suplemento entre os dois – eles têm uma composição distinta. O Cystiphane tem como indicação queda associada a alopécia. O Phytophanere está indicado no crescimento, força e brilho do cabelo. Um beijinho! Joana

  6. Andreia diz:

    Olá Joana!
    Encontrar este seu testemunho foi absolutamente mágico e inspirador! Obrigada!
    Identifico-me muito com a sua história e também já passei por duas gravidezes que deixaram o meu cabelo ainda mais debilitado… Aquando da primeira gravidez, o dermatologista que consultei diagnosticou e alopécia androgenética, mas eu recusei o diagnóstico, não quis acreditar… Agora, com 37 anos, entendo, após nova consulta de dermatologia, que é assim que tenho de ver o meu problema, como uma doença séria.
    Receitaram-me a finasterida, mas não consegui iniciar a toma pois fiquei muito alarmada com os efeitos secundários. Podia dar-me a sua opinião ?
    E faço ainda o minoxidil (solução cutânea) uma vez ao dia, no entanto, tenho notado o aparecimento de uma penugem no rosto que me está a deixar preocupada…
    Tudo de bom para si!
    Beijinho

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Andreia, viva! O tratamento instituído pelo dermatologista deve ser feito (caso contrário a alopécia evolui). A finasterida é um medicamento seguro e que tomo há mais de 10 anos. Na consulta o dermatologista tem em conta a história clínica para a prescrição do medicamento, nunca iria colocar em causa a saúde do seu doente! Quanto à penugem provocada pelo minoxidil pode acontecer. Vê o meu feedback neste artigo: https://www.beautyst.pt/index/depilacao-a-laser-no-rosto-a-minha-experiencia
      Comigo o minoxidil isolado nunca surtiu grande efeito, razão pela qual faço um tratamento não só com minoxidil como com outros medicamentos (a finasterida foi precisamente aquele que alterou bastante a evolução da minha alopécia) e ajusto terapêutica todos os anos, com o Dr. Rui Oliveira Soares. Um beijinho, Joana

  7. Ines diz:

    Olá Joana!
    Já tive consulta com o Dr. Rui Oliveira no inicio deste ano. Recomendou tomar medicação que me receitou, mas como penso em ter filhos ele disse para pensar se começava a tomar , mas para depois parara uns meses antes ou então tentar engravidar primeiro e depois voltar à consulta para saber quando fazer a medicação. Decidi não começar a tomar a medicação, pois estava indecisa se começava ou não a tentar engravidar e, no entretanto, também suspeitei de endometriose e fiz a minha Laparoscopia a semana passada e agora decidi realmente a tentar engravidar. E depois então voltarei a falar com o Dr. Rui Oliveira. Ajudou imenso ler a parte da gravidez, cabelo e pós-parto, pois é algo que em assusta.

    Obrigada por este artigo super detalhado e on point.

    Seria possível abordar a questão de pintar ou não o cabelo para quem tem alopecia androgenética, por favor.

    Obrigada, Joana, mais um vez 🙂 !

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Inês! Que bom que foi útil leres este artigo! Boa sugestão a da coloração. Aconselho que vejas este Live feito em conjunto com a dermatologista Dra. Marisa André, onde abordámos várias questões relacionadas com a alopécia androgenética e onde falámos de cor e alisamentos, entre outros temas. https://www.instagram.com/tv/COv1HzGpOHB/?utm_source=ig_web_copy_link Um beijinho! Joana

  8. Mafalda diz:

    Boa tarde! Antes de mais, muitos parabéns pelo projecto e obrigada pela partilha que faz sobre este tema! Foi-me recentemente diagnosticada alopécia androgenética e faço aplicação diária de minoxidil 5%. Gostava de perguntar qual a marca que sente que tem melhores resultados. Também me receitaram finasterida que vou começar a tomar. Obrigada!

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Mafalda, viva! Uma vez que se trata de medicamento, eu não posso mencionar marcas de medicamentos. No entanto o importante é a percentagem de minoxidil. Quanto ao efeito cosmético podes perguntar numa farmácia qual o que se adequará mais a ti. Um beijinho grande!

  9. Sofia diz:

    Olá! E os efeitos secundários da medicação sentiu alguns? Passadas duas semanas de estar a tomar o Minoxidil tenho sentido mais cansaço e a cabeça um pouco zonza.

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Sofia, eu não senti. Mas cada pessoa é um caso diferente. Deves discutir sempre com o médico prescritor. Um grande beijinho! Joana

  10. Carolina diz:

    Tive 2 consultas com o mesmo médico e quase 2 anos de Finasterida estou pior do que quando comecei tratamento. Nunca recuperei da queda inicial da Finasterida, sinto-me super desconfortável e tenho dor no couro cabeludo. Para além disso, já experimentei quase todos os serums à face da terra, injeções e uma data de champôs. A minha queda começou na adolescência e atualmente estou mesmo mal. Não sei o que fazer e acho que nada faz efeito.

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Carolina, este assunto deve ser visto em consulta. As pessoas reagem todas de forma diferente ao tratamento medicamentoso. Não é possível comparar os resultados obtidos. Se sentes dor no couro cabeludo e se a finasterida não está a resultar, na consulta podem ver outras opções de tratamento (há várias), ajustar o plano terapêutico (eu mesma já o fiz diversas vezes) e avaliar. Champôs não vão ter efeito na alopécia. Injeções são caras e têm eficácia limitada vs o tratamento medicamentoso. Podes ver mais informação aqui: https://www.beautyst.pt/cabelo/alopecia-tratamentos-complementares-mesoterapia-prp-e-outros Um beijinho, Joana

  11. Adelaide Carvalho diz:

    Boa tarde, foi- me diagnósticado pela Dra Filipa Osório, Alopecia Fibrosante Frontal.
    Sou uma doente com LES e Artrite Reumatóide. iniciei os tratamentos e senti a diferença. Estou muito grata por tudo o que li. Saber que não estamos sozinhas, neste processo de estado de ansiedade. O “cabelo “que tanto diz sobre a nossa aparência. Grata Joana! Hoje para mim foi muito importante ler o seu depoimento. Um beijinho

    1. Joana Alvares diz:

      Que bom querida Adelaide! Fico mesmo muito feliz! Sobre a alopécia fibrosante frontal encontras aqui no site um artigo: https://www.beautyst.pt/cabelo/alopecia-fibrosante-frontal-o-que-e-e-como-tratar A Dra. Filipa Osório escreveu este artigo para o site que também podes achar interessante: https://www.beautyst.pt/cabelo/cosmetica-capilar-pela-dra-filipa-osorio-dermatologista Um grande beijinho! Joana

  12. Ana Cristina de Moura Lopes diz:

    Olá Joana, hoje li um pouco dos teus artigos e identifiquei-me logo com todos esses problemas de autoestima, desde muito jovem, mas nunca recorri a tratamentos médicos, por isso foi-se sempre agravando. Hoje tenho 52 anos e já passei por duas gravidezes á 19 e 21 anos, e a 5 anos atrás passei por várias sessões de quimioterapia e duas mastectomias assim como retirada de útero e ovários e consequente menopausa forçada. Tudo isso agravou o meu estado de alopecia. A cerca de 3 anos fiz transplante capilar, com a expectativa que resolveria todas as minhas inseguranças, mas sinto que foi um investimento inglório e estou completamente desiludida, sem resultados á vista. Depois de ler alguns dos teus artigos, pensei que talvez possa ter alguma esperança, mesmo que ínfima. Será que me podes indicar algum médico na zona entre Santarém e Leiria ou mesmo Coimbra? Obrigada e parabéns pelas publicações, que são tão uteis quanto valiosas. Bjnho

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Ana Cristina! Viva! Consigo indicar em Aveiro: Dr. David Serra ou no Porto: Dra. Filipa Ventura ou Dra. Filipa Osório, todos dermatologistas com esta área de diferenciação. Um beijinho!

  13. Irene Vilar diz:

    Olá!
    Eu, desde cedo, muito jovem, o meu cabelo comprido começou a ficar cada vez mais fino.
    Hoje, com 49 anos, consultei a Dra. Filipa Osório, muito recomendada.
    Mas, fiquei preocupada com um dos medicamentos receitados, que é indicado para homens.
    O “Zentiva”, 5 mg , finasterida.
    Fiquei preocupada.
    Qual é a sua opinião com base na sua experiência?

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Irene, viva! Recomendo que vejas este artigo: https://www.beautyst.pt/cabelo/tratamento-medicamentoso-e-alopecia-20-questoes
      Um grande beijinho, Joana (PS: a finasterida faz parte do meu plano de tratamento há mais de 15 anos)

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