O podcast da Mariana Soares Branco & beauty thoughts

podcast mariana soares branco

Depois de ter entrevistado a Mariana Soares Branco, esta foi a primeira vez que alguém me pôs a ouvir um podcast. Primeiro porque o formato não me dizia muito até aqui, mas depois de “perceber” a mecânica achei no mínimo relaxante! O podcast da médica Mariana Soares Branco, chama-se “É preciso ter lata”. Tal como a própria descreve, sempre falou pelos cotovelos e sempre teve demasiadas opiniões. No seu podcast partilha o que pensa sobre temas tão vastos como os interesses que tem. A Mariana conseguiu o grande feito de me colocar a ouvir alguém a falar (vs ouvir música, o que faço durante as muitas horas que passo a editar e a trabalhar em PhotoShop). Hoje partilho aqui também contigo alguns beauty thoughts que falámos durante a nossa agradável conversa, cuja primeira parte podes ler aqui.

mariana soares branco

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P: Se daqui a 20 anos olhasses para trás qual gostavas que fosse o teu maior achievement enquanto influencer?

Mariana Soares Branco: Eu sinto que tenho uma posição privilegiada nas redes sociais por ter conseguido ganhar a confiança do meu público. Ora se eu ganho a confiança das pessoas, as pessoas vão acreditar no que eu digo… E isso tem dois lados. É obviamente gratificante, mas por outro lado sinto uma responsabilidade acrescida na informação que passo porque sei que posso ter impacto na vida das pessoas.

Falo de muitas coisas nas minhas redes sociais, mas onde sinto que posso ter um impacto mais positivo, dada a minha formação, é sem dúvida em termos de saúde. Quero educar para literacia na saúde, que é uma coisa que sinto que falta IMENSO no nosso país. Sobretudo instruir as pessoas a terem um espírito mais crítico. A “batalha” que acabou por ter mais visibilidade foi quando desmistifiquei os sumos detox. Foi um tema que deu um grande boom ao meu Instagram, até acabou por ser meio viral. E é algo de que me orgulho imenso. Foi muito gratificante porque senti que realmente tive impacto na opinião de um grande leque de pessoas… Uma das coisas de que tenho um bocadinho de “medo” às vezes é que os meus reports de saúde fiquem dentro da bolha de pessoas que já pensam assim, que valorizam informação científica e correta. Se calhar as pessoas que mais precisariam de ver um outro lado destas questões são as pessoas nem vêm parar ao meu perfil porque têm outro mindset, outros interesses, e portanto seguem outras contas… Mas pronto, faço o que posso! Esse impacto verdadeiro na comunidade é como gostava que se lembrassem de mim.

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P: Em termos de beleza, como te vês aos 60 anos?

Mariana Soares Branco: Descobri o meu primeiro cabelo branco esta semana, sabias? Eu vejo-me a assumir os brancos, por acaso. Sempre tive uma abordagem simples à beleza, não gosto de coisas muito artificiais… Quanto mais natural melhor. Por isso não me vejo a querer fazer coisas “malucas”. Cada um sabe de si, e de como se sente bem, claro! Mas esse tipo de estética é o que gosto mais de ver em mim.

Envelhecer não tem de ser uma coisa má, é mesmo uma construção social. A sociedade tem um grande viés em relação a isto. Os homens, quanto mais velhos, mais charmosos… Mas as mulheres têm de se manter sempre jovens. As mulheres não deveriam ter vergonha de envelhecer. Não faz sentido. As opções são: ou se envelhece ou se morre. Não há outro caminho. Deveríamos ter a coragem de aceitar a nossa idade com naturalidade, e o que ela acarreta… eu espero ir tendo a coragem para o fazer. A verdade é que tenho excelentes exemplos à minha volta. Por exemplo a minha avó materna envelheceu tão bem! Espero conseguir fazê-lo com a mesma graciosidade.

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P: Toxina botulínica, preenchimentos, o que é que pensas sobre este tema?

Mariana Soares Branco: Sabes que há alguns temas sobre os quais ainda não me consegui decidir a 100%, e os procedimentos estéticos são um deles. Por um lado, acho que tudo o que faça uma pessoa sentir-se melhor consigo mesma é de encorajar. Mas por outro lado, até que ponto é que não deveríamos trabalhar nas nossas inseguranças? É mesmo possível resolver assuntos mais profundos trabalhando no superficial? É mesmo uma pergunta, não sei responder! Depois há a questão de porque é que nos sentimos assim… É verdadeiramente por nós, ou é uma construção social? Por exemplo, os implantes mamários. Até que ponto é que uma pessoa se sentir melhor com próteses mamárias não tem a ver com o facto de existir uma construção social de que uma mulher com mamas grandes é mais mulher, é mais bonita? A mesma coisa em relação às rinoplastias… Que seria uma das poucas cirurgias estéticas que eu consideraria fazer, porque não gosto do meu nariz. É assim a única coisa que eu sinto que gostava imenso de mudar na minha aparência. Quero fazê-lo por mim, ou quero fazê-lo porque a sociedade me incute desde pequena que um nariz pequeno e arrebitado é que é bonito? É aquela dualidade: devemos aceitar-nos como somos, mas ao mesmo tempo devemos cuidar-nos e ser a melhor versão possível de nós mesmos. Onde está a linha que divide os dois? É complicado, não há resposta certa… Agora, sem dúvida que acho que há pessoas que em vez de fazerem o trabalho interior que deveriam, transferem esse peso para o culto do físico. E no fundo continuam infelizes. Se mudarmos o nosso aspeto físico porque isso vai mexer com a nossa auto-estima e nos vamos sentir melhor então sim, mas tem de ser acompanhado por um trabalho interior muito honesto de cada um.

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P: Se pudesses escolher uma boa pele ou uma boa maquilhagem, o que escolherias?

Mariana Soares Branco: Uma boa pele, claro! Acho que qualquer pessoa que tenha doenças de pele te responderia uma boa pele… Só me custaria não usar a máscara de pestanas porque adoro!

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P: O facto de seres médica faz-te consumir informação nas redes sociais de forma diferente?

Mariana Soares Branco: Sim! Apesar de toda a gente dizer que vivemos na era da informação, nós vivemos é na era da desinformação. Há muitas críticas às “redes sociais” como se fossem uma entidade em si, quando apenas espelham a sociedade… As redes são milhões de pessoas a criar conteúdo e outros tantos a consumi-lo e comentá-lo. Não é informação que “existe” num mundo à parte, sem mão humana. E isso espelha-se no tipo de informação que circula.

As pessoas perderam o espírito crítico. Quando eu era pequena e fazia trabalhos para a escola, consultava uma enciclopédia e partia-se do princípio que a informação aí disponibilizada estava correta. Hoje em dia mantém-se o mesmo nível de confiança, e diria até que de ingenuidade, na informação que consumimos. Olhamos para toda a informação como credível, quando não o é. Quando se faz uma pesquisa no Google, as primeiras páginas que aparecem muitas vezes não são páginas onde existe “boa” informação… Sobre a minha área, a medicina e a saúde, nem se fala. No entanto, as pessoas não distinguem, muitas vezes acreditam em charlatães sem piscar os olhos mas põem em causa os médicos, a indústria farmacêutica, os medicamentos… E eu não consigo entender o porquê. Portanto se o meu curso influencia em algo a minha postura nas redes sociais, é em pensar muito bem sobre a veracidade de tudo o que leio.

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Deixo a sugestão de passarem pelo podcast da Mariana Soares Branco, e ouvirem os episódios que já estão disponíveis: “É preciso ter lata para começar” (adoro este nome! Por vezes é mesmo preciso ter lata para iniciar o que quer que seja!), “As redes sociais e o online” e “A medicina e o fracasso”. Eu já ouvi os 3 e “já estou viciada” neste formato e neste projeto! Nesta fase de confinamento em que todas estamos em casa e em que temos milhões de tarefas para fazer, coloca o podcast a “tocar” enquanto cozinhas ou arrumas a casa, por exemplo. Eu tenho ouvido durante as minhas edições e trabalho gráfico.

A Mariana tem uma voz super agradável, aborda os temas com uma dose de realidade muito saudável e adoro as suas gargalhadas pelo meio! Tens algum podcast favorito? Já ouves podcasts?

Espaço: A BASE

Coffee break: Bit by Bit

Fotografia: Márcia Soares

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