A pílula faz bem ou mal ao cabelo? (segundo o dermatologista)

A pílula faz bem ou mal ao cabelo?

Há muitas mulheres com esta dúvida. A pílula mexe com imensas coisas, e uma delas pode ser o cabelo. A minha pílula foi escolhida com isto em mente. Mas há pílulas “boas”? Ou pílulas “más”? Achei que fazia todo o sentido trazer esta pergunta para o Beautyst e pedir ao Dr. Rui Oliveira Soares para explicar se há situações em que a pílula pode ajudar, como por exemplo, na perda de cabelo.

A pílula faz bem ou mal ao cabelo?

P: A pílula faz bem ou mal ao cabelo? Que pílulas são boas para o cabelo? Há pílulas más para o cabelo?

R: A pílula, de forma geral, não faz mal ao cabelo. Em casos em que existe desregulação hormonal detetada laboratorialmente, pode ser parte muito importante do tratamento. Isto é particularmente verdade em mulheres em que a falta de cabelo se associa a hirsutismo (excesso de pêlo em áreas androgénio-dependentes como face, abdómen, mama, etc.). Mesmo nalgumas mulheres sem alterações hormonais estão descritos* efeitos benéficos do anti-concepcional: menos produção de sebo, menor descamação, menos inflamação e melhoria subjetiva do cabelo. Um exemplo de combinação que pode ter este efeito benéfico é drospirenona+etinilestradiol (3mg+0,03mg). Apesar de tudo o que foi referido, deverá ser sempre o médico de família ou o dermatologista a determinar a relação custo/benefício desta opção em cada mulher em concreto.

* Kerscher M et al. Effects of an oral contraceptive containing chlormadinone acetate and ethinylestradiol on hair and skin quality in women wishing to use hormonal contraception. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2013 May;27(5):601-8.

Rui Oliveira Soares (dermatologista)

A pílula faz bem ou mal ao cabelo?

No meu caso, a pílula que estou a tomar tem o aval do dermatologista e da ginecologista. Precisamente por causa da questão cabelo (e também para manter uma pele bonita).

A pílula faz bem ou mal ao cabelo?

No teu caso, sentes que a pílula altera o estado do cabelo?

Fotografia: Yellow Savages

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4 comentários

  1. Maria diz:

    Olá, Joana. Tenho alopecia androgenética e tomo a pílula há mais de 15 anos (cloromadinona + etinilestradiol), juntamente com espironolactona. Porque já estou nos 40 e porque tenho alguns quistos mamários, estou a ganhar coragem para parar de tomar a pílula… Mas tenho muito medo do efeito que isso pode ter no meu cabelo. Podes falar-me da tua experiência? Não imaginas a referência que o teu blogue tem sido para mim. Muito obrigada e desculpa-me por cair de paraquedas neste post antigo.

    1. Joana Alvares diz:

      Olá Maria, viva! Este é um assunto que deve ser discutido com o dermatologista e com o ginecologista. Eu continuo a fazer a toma da pílula, depois de ter falado com ambos os médicos em consulta. A medicina não é uma ciência com resultados iguais para todas as pessoas, os tratamentos devem ser personalizados e ajustados (senão faziam-se consultas em grupo). É da máxima importância que faças uma decisão ponderada e informada em conjunto com os teus médicos. Um grande beijinho, Joana

  2. Maria diz:

    Olá, Joana! Como sempre, uma resposta sensata e que faz todo o sentido. Esqueci-me de dizer uma coisa, que não quero deixar passar… É que tão importante como a informação que transmites é a maneira como normalizas a alopecia: acontece, há como lidar com isso e não há que ter vergonha. E eu, sabe-se lá porquê – até posso supor! – durante muito tempo tive vergonha de assumir que tinha alopecia, de que olhassem para o meu cabelo e percebessem que alguma coisa não estava bem. Não faz sentido nenhum, não é? Mas acontecia e era muito limitador… E o teu blog foi importantíssimo no processo de aceitação desta condição. Olha, muito obrigada por tudo! Mesmo. Beijinho.

    1. Joana Alvares diz:

      Que bom Maria! Um grande beijinho! Joana

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